Outro dia vi o documentário I Am, você pode mudar o mundo, do famoso e rico diretor de Hollywood, Tom Shadyac, que dirigiu filmes como Ace Ventura e O Todo Poderoso, entre outros do estilo. Eu não gosto dos filmes dele, mas me interessei pelo documentário.
Depois de sofrer um terrível acidente, ele começa a repensar sua vida e embarca em uma viagem para encontrar respostas para duas perguntas: “o que há de errado com o mundo?” e “o que podemos fazer sobre isso?”. O documentário pende para auto-ajuda e não sai muito do lugar comum, mas levanta algumas questões interessantes que me despertaram para ideias paralelas.
O vídeo já começa alertando para a grande competição em que vivemos em um mundo em que temos que ser sempre os melhores. Nossos pais nos ensinam isso. Olhando para trás na história, vemos o quanto estamos continuamente em uma disputa acirrada, exaustiva, descabida por poder e status. Uns querendo tirar vantagem dos outros. Precisamos comprar, acumular, nos sentir superiores, estar sempre um passo a frente, mesmo que para isso tenhamos que usar de hostilidade. A economia, invento humano, vira o centro da existência e dita todas as regras de como vivemos, agimos e nos relacionamos.
“Pessoas estão mais ricas, mas a vida hoje é mais pobre”, diz filósofo canadense Barry Stroud para a Folha Online. Na reportagem, ele fala que o mundo atual encoraja as pessoas a buscar sempre um tipo de vida próximo a quem tem muito dinheiro. A pressão para o avanço profissional e o sucesso é muito profunda. Levados pelo consumismo e individualismo, tem-se a convicção de que a vida é uma carreira.
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