Existem algumas reflexões e ideias que, quando expostas, suscitam na maioria das pessoas a sensação de que o que está sendo explicitado não passa de uma obviedade, que é uma verdade universal, já sabida por todos ou, pelo menos, conhecida por todos. O que acontece é que, muitas vezes, não são ideias que tenham sido ditas antes, mas que as pessoas já possuem dentro de si mesmas, de modo que parecem velhas, mas que, no entanto, não fazem parte da lucidez pragmática da maioria.
Assim ocorre com as ideias do ego. O ego, esse conceito que está tão na moda, é quem faz a roda do mundo girar. Parece que a humanidade percebeu finalmente, de alguma forma, (talvez uma forma paradoxalmente egoísta) que é vital o olhar para dentro si, para o próprio ego, e perceber como este "EU" altera a sua vida e o mundo.
Creio que esse olhar para dentro de si tenha surgido com as novas "teologias" do sucesso pessoal. É preciso ser vencedor, é preciso se amar, se amar muito, ter, conquistar e por aí vai. As pessoas descobriram que para que o sucesso ocorra, muitas vezes é preciso livrar-se de sentimentos que atrapalham o caminho, neuroses e todos os traumas mencionados por Freud.
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