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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

NOTICIA


Morreu Manuel António Pina

Escritor e jornalista, Manuel António Pina tinha 68 anos. Morreu hoje.








Manuel António Pina, em 2005
Manuel António Pina, em 2005
Nuno Botelho
"O Porto assenta-me perfeitamente. Provavelmente é aqui que vou morrer e hei de ficar a fazer parte da cidade fisicamente", disse ao P24 Manuel António Pina, após ter vencido o Prémio Camões em 2011.
Aos 68 anos, após doença prolongada, o poeta e jornalista faleceu naquela cidade, onde vivia desde os 17 anos de idade. Apesar da sua paixão pelo Porto, o seu olhar perscrutador de jornalista esteve sempre interessado pelo mundo e pelos homens.
Fez do jornalismo a sua profissão no Jornal de Notícias, onde foi editor e onde mantinha a crónica "Por Outras Palavras". Estendeu a sua actividade à rádio e à televisão. Mas Manuel António Pina licenciara-se em Direito na Universidade de Coimbra e exercia a advocacia regularmente e de forma gratuita, empenhando-se na defesa de associações ligadas à Cultura.
Nascido no Sabugal, Beira Alta, em 1943, a sua actividade literária tornou-o conhecido internacionalmente, em especial como poeta, mas tendo uma vasta obra que abrange a novelística, a dramaturgia e o ensaio. Entre os livros que publicou destacam-se "O Caminho de Casa" (1988), "Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança" (1999), "A Noite" (2001), "Como se desenha uma casa" (2011) e "Todas as Palavras" (2012).

"Um poeta maior, um dos maiores da nossa língua"


Em nota enviada às redações, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, considera que "Manuel António Pina não era apenas o cronista maravilhoso, inteligente e atento". "Não foi só o jornalista que acompanhou a nossa vida durante as últimas décadas", acrescenta, "era um poeta maior, um dos maiores da nossa língua".
"Fico triste, muito triste, e muito só", lê-se ainda na nota de pesar de Francisco José Viegas, que, depois de lembrar um dos poemas de Manuel António Pina, termina dizendo: "Neste dia plantemos uma árvores em seu nome. Uma árvore que transporte a sua poesia para dentro dos nossos dias. Este é um dos dias mais tristes da minha vida. Nenhuma lágrima conseguirá redimir essa tristeza, infelizmente".


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