A vantagem evolutiva do beijo na boca
A evolução acaba por moldar o comportamento dos animais, mas saber desse fato não implica ter conhecimento de como um determinado comportamento emergiu. Por exemplo, você pensava que o beijo na boca servia para avaliar o parceiro em relação à saúde, aptidão e fertilidade, de modo a poder aventar a possibilidade de cópula, não é?
De fato, esse processo toma lugar no comportamento pré-copulatório humano, mas ele não seria algo estritamente necessário nem o mais eficiente para esse fim (há várias outras formas menos intrusivas de avaliar a aptidão alheia), de modo que a prática do beijo na boca e sua franca preferência instintiva devem ter uma outra causa fundamental, isto é, deve existir outro benefício que só possa ser obtido através da troca oral de fluidos.
O pesquisador Colin Hendrie, da Universidade de Leeds, considera que a causa possa ser a transmissão do Cytomegalovirus, o que teria a vantagem de preparar o sistema imunológico da mulher e reduzir a chance de que uma futura gravidez seja afetada. É bem possível que esse raciocínio possa ser estendido a outros patógenos que, além de transmissíveis via beijo na boca, sejam portados por humanos sem maiores problemas, porém sejam nocivos à embriogênese, como o Cytomegalovirus.
A evolução é um banho de água fria no romantismo: "Amor, deixa eu te passar uma variedade de vírus que vai preparar teu sistema imunológico para um contato mais íntimo comigo, de modo a privar nosso futuro descendente de uma infecção correlata que possa afetar sua embriogênese..."
Fontes: Update or Die, Telegraph
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
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